quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Nas terra do grande rei Amrod Imglorion

Sou eu, essa e minha face ao espelho ?
- Se eu não fosse eu não me reconheceria.
Minhas fotos, cada uma mais diferente que cada foto minha.
A água, a chuva, a noite e a incerteza parecem mais comigo do que eu mesmo
acho que aprendi a não ver mais corpo, e sim alma, por isto problema. Enxergam o meu corpo, quando me lembro, diziam que era belo, embora não concordasse, eu me amava, fingia até acreditar. Se eram mentiras, não importa, deixo pra lá.

- Oh, esta foto, me reconheci. Esse sim sou eu, ou até parece um pouco comigo. Estou no alto de uma montanha (ou o mais parecido que há com montanha nesta região). Acampando com meus amigos e mostrando um belo e avantajado sorriso.

- Olha, embora tenha todas as minhas características não parece comigo. Eu de branco, assistindo um filme, com cara de crítico, de filósofo, de pensador. Estou sério mas sem perder o carisma que todos dizem que tenho. Mas, porque não tenho para comigo mesmo ?

- Mais uma foto, o sol batendo na minha cara. Este definitivamente não sou eu.

- Olhando para a câmera com cara de safado, ou sedutor, embora algumas afirmem que sou eu, se não pelo sedutor, pelo safado, não sou eu.

- Um desfocado sorriso, parece mais comigo, mas não sou eu.

- A minha sombra. E dos amigos.

- De costas olhando para o mar com pessoas ao meu lado, meu aniversário, pareço calmo. Se estivesse sozinho diria que era eu. Mas não me acompanho ao comemorar aniversários.

- Não sorrindo, parecendo tedioso, em meio a um grupo político. Podia estar com raiva, alegria, tudo, exceto indiferença.

- Eu com cara de normal segurando minha flauta, não sou eu.

- De jaleco e um símbolo anti-cristão. É, pelo jaleco sim, mas não me importo com cristianismo o suficiente para me preocupar em ataca-lo.

- No restante das fotos os outros transparecem mais que eu. Mentira. Eu sempre transpareço mais, mas não sou eu a estar lá.

- O que faz com que eu seja eu? Me parece tão óbvio o principio da identidade. Eu sou eu. Nunca entendi o princípio da identidade. Nunca entendi. Não faz sentido que eu seja eu simplesmente pelo fato de eu ser eu. Se eu olhasse para o espelho me veria? Me lembraria de olhar para o espelho e dizer: Eu sou FODA! Mas, foda não sou eu. Ser foda é algo que cabe a mim, mas não somente a mim. Isso se chama acidente, Aristóteles denominou assim, que assim fique. Sou foda por acidente. Sou eu por acidente? Não por estas premissas posso concluir isto, mas, ainda fica a pergunta, sou eu por acidente? E ainda mais, como saberei responder se não sei quem sou. Mas sei por qual motivo não sei quem sou, é impossível conhecer a essência de algo. Acredite, essência de baunilha não é essência de baunilha. Mas o principio da identidade, que diabos fizeram com ele? Idiota, estou misturando poesia e lógica, só sendo muito burro mesmo. E mesmo ainda sendo muito burro, este não sou eu. Se não há como buscar minha essência, que busque eu minhas propriedades. Segundo Aristóteles, são as coisas que dizem respeito somente a algo, sem indicar a essência. Seria minha propriedade primordial a indicação do grupo de coisas que amo. Mas o que amo, pensei nas coisas, meu grimório? Não, é apenas relação de necessidade, sim tenho necessidade de diversão. Pensei nas pessoas, e eu amo alguem? Percebi depois de um tempo que as pessoas são divertidas, até que você as ame. Pensei em algo mais abstrato. Mas o mais abstrato eu não sei o que é. Então passemos para os acidentes então. Não irei descrever todos, existem muitos acidentes que fazem com que eu ão seja eu. Mas acredito que o mais próximo de mim seja transtorno histérico obsessivo compulsivo, você deve conhecer bem, é aquela histeria que não há falha no ego. Menos mal.

- Porquê acha que este seja o acidente mais proximo de você ?

- Artor, todos que conhecem meus tomos sofrem disto também.




Psicologo, 3 537 anos, e pela primeira vez não soube o que dizer sobre a psicanálise de um elfo.

-Artor pede desculpas certo elfo, se deixei a todos os seus dilemas, mas este é um caso intrigante.

domingo, 21 de novembro de 2010

Realidade: Planeta Anacrobit... e o sol nascendo

Havia conversado Artor com uma certa estranha... ou não...
Anacrobit estava bonita... incrivelmente a sua agitação, todas aquelas informações, aquilo havia parado. Incrivelmente Anacrobit dormia. Toda informação que se tinha era o audio 3D de uma certa banda... uma bela musica... um rock-suave-pesado. Dançando no campo minado.

- É então hora de descanço, de ir dormir. Disse Nightmare
- Espere, ainda tenho que ver o sol nascer. Este tem que ser um bom dia. Respondeu Artor
- E o que é ser bom?
- Porque pergunta isso Nightmare?
O silêncio ficou um tempo...
Escutava-se apenas... "...por amor as causas perdidas..."

- O que é amor, Artor?
- Perguntei isso hj, ouvi várias propriedades, e gostei delas. Que não foram contraditórias com o que eu acho que seja a essência. Um conjunto de boms sentimentos em relação a algo.
- E o que é ser bom?

e o sol nasceu !!!