quarta-feira, 4 de maio de 2011

Anacrobit

Em meio as máquinas Artor teve um momento mais próximo da natureza. Estava chovendo e um professor pede para ele se sentar, conversar e receber uma estudante que vinha de fora para o grande evento de pensadores, afinal, mesmo no mundo das máquinas ainda há o corpo a corpo.

Chovia, em meio aos chip havia terra, em meio a terra flores... Este lugar de Anacrobit era belo... Contraste do cinza do céu com o roxo das flores, com o som do vento, com a voz da bela garota, com a voz do sábio professor, com o seu própio pensamento...

O professor começou a falar do paganismo.

-O cristão é sempre tido como sagrado e o pagão como profano, ruim, demoníaco, bruxo... Na verdade não é assim, o pagão vê o princípio de tudo nas coisas, não em um deus para além de tudo... O pagão vê que tudo é um na natureza...

Como seria então a união de alguém pagão com alguém cristão? Ora, ambos concordam que tudo é um, para que brigar? O cristão só poderá amar o próximo como a sí mesmo se puder ver que há algo de bom no pagão, mesmo sendo este paganista. E o paganista só poderá ver o princípio de todas as coisas no cristão se puder aceita-lo... devia ser tudo sem sangue, sem guerra, afina, tudo é um. Pensou Artor enquanto olhava as belas flores molhadas pela chuva e o ouvia o som forte do vento.

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